contrapartida ilegal

Executivo do grupo Techint é condenado por lavagem de dinheiro

 

9 de abril de 2025, 10h57

O executivo Benjamin Sodré Neto, do grupo ítalo-americano Techint, foi condenado a seis anos e sete meses de prisão em regime semiaberto por lavagem de dinheiro. A decisão é do juiz Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, julgada parcialmente procedente pelo magistrado, o empresário se envolveu em um esquema de pagamentos de propina a Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras. As informações são do site Metrópoles.

fachada do grupo techint

Empresário do grupo Techint foi condenado por lavagem de dinheiro pela Justiça Federal

O esquema consistia na dispensa de licitações internacionais para a compra de materiais fabricados pela Techint, que seriam negociados diretamente com suas empresas subsidiárias (a Techint Engenharia e Construção e a Confab Industrial). Duque recebeu, em contrapartida, 0,5% de comissão sobre o valor das compras da Petrobras com a Confab. Os contratos somaram mais de R$ 2,6 bilhões.

Roman Borges também condenou João Antônio Bernardi Filho e Christina Maria da Silva Jorge, beneficiários de uma conta na Suíça em nome da empresa offshore Hayley S/A, que teria sido usada para pagamentos de valores a Duque.

A pena de Christina Maria foi fixada em sete anos, nove meses e 22 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, com pagamento de 250 dias-multa.

Para João Antônio, a pena foi de sete anos, dois meses e 20 dias de prisão, além de 10 dias-multa. Os réus devem devolver cerca de R$ 10 milhões à Petrobras. O valor corresponde a 0,5% dos contratos firmados entre a estatal e a Confab.

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